sexta-feira, 21 de junho de 2019

Pessoas estão casando, morando junto e engravidando e eu... bem, eu tô pensando na minha próxima passagem aérea!

Calma, gente. Isso não é uma crítica aos colegas, familiares, amigos e esse longo feed do meu Facebook e Instagram que já estão na fase de aumentar a prole. De coração. Esse texto nasceu apenas de uma reflexão (das leves até) na última tarde de feriado após uma festinha de novo casal na família (que foi uma graça, inclusive! 💕). Então, resolvi compartilhar pra quem esteja, espero eu -ao menos-, numa situação parecida ou que já esteve. Acho que me serve meio que de consolo ou de motivação, entende? Vem junto? 😁


Antes de tudo deixo uma ressalva importante pro meu futuro marido quando ler este texto (olha o tamanho da fé da pessoa aqui - já tem até mensagem pro companheiro que há de existir! haha): baby, saiba que eu também quero casar, morar junto e engravidar - de dois! Mas, sabe como é, sagitariana e viagens são praticamente sinônimos. No momento, essa é realidade em que estamos e, quer saber? que baita felicidade essa em que estou vivendo! Venha só pra somar, xuxu!

Pessoas queridas, vamos trabalhar com verdades neste lugar: eu não tô dando conta de listar o quanto tem gente engravidando nas minhas redes sociais (e nas redes reais também). Ou casando. Ou morando junto. Claro, quero manifestar meus sinceros votos de felicidades pra vocês. For real. E sei que chegará minha vez também. Mas, alguém aqui já esteve na condição de só pensar na próxima compra de passagem aérea??

É mais ou menos assim: VOCÊ SÓ PENSA EM VIAGENS. O site da Decolar te ama e o Google Ads só te indica novos lugares. Novos roteiros. Planejamento financeiro (dos pesados, meu bem). Organização de passeios. Compra de ingressos das coisas. Ideias a mil. 14 abas de navegação abertas no Chrome. E aquela vontade doida de curtir a própria companhia e conhecer tanta gente por esse mundo aí. Esse é o resultado pós-mordida pelo mosquitinho da viagem. Ele meio que te agarra e não larga mais, sabe? É muito real tudo isso, amigos!

Pra não me assustar com tamanha independência e vício (hiper positivo!) de só comprar mais e mais passagens e deixar os pensamentos todos voltados para as próximas possibilidades de pegar um meio de transporte AND estradas (seja terrestres ou aéreas), eu procuro seguir (literalmente) pessoas e dicas que me inspiram com essa vida loka.

Foi assim que surgiu a ideia desse post. Se eu sigo, leio, assisto e acompanho gente que tem seguido esse ritmo de vida, compartilhar aqui é quase que uma obrigação - que eu faço questão de cumprir!  Sendo assim, meu bem, resolvi listar algumas das minhas melhores motivações desta vida de viajante que me abraçou de vez e que tem me ajudado nesta fase deliciosa da vida. Mesmo com 27 anos. Mesmo solteira. Mesmo sem filhos até o momento. E felizona!

São essas aqui:

- Pra começar, seguir o grupo "Mochileiros" é fundamental! E tem também o "Mulheres que viajam sozinhas" que eu amo!

- Páginas de viagens no Instagram são deliciosas, mas recomendo só virar seguidor daquelas pessoas que são reais e tenham vidas reais (porque a gente não passa qualquer feriado emendado que der em Paris - e tudo bem!).

- Ler romances de viagens é incrível... E te motiva ainda mais. Passe uma tarde neste setor da Livraria Cultura. Quantas vezes não me vi sonhando em conhecer o homem da minha vida em um aeroporto??!

- Assista filmes e séries de mulheres independentes e que curtam a solteirisse bem resolvidas ou que passem por elas super naturalmente (com choros, paqueras e risadas). Como "Os Homens São de Marte... E é Pra Lá Que Eu Vou" no GNT e tantos outros que os algoritmos do Netflix te recomendar. Se esbalde!

- Acompanhe o site do Booking e todas as promos. Não precisa ficar a doida das pesquisas, mas vale ficar sempre dar "uma passadinha" - descontos acontecem mesmo!

- Por fim, tenho váários livros que retratam esse meu momento (e, pra quem quiser, podemos passar boas horas falando sobre eles), mas volta e meia, recorro a esse que vou deixar especialmente aqui. Se chama: "101 coisas para fazer antes de casar, engravidar ou envelhecer", da Sarah Ivens. Nome autoexplicativo e conteúdo inexplicável de bom!

No momento, tô escrevendo tudo isso e meu livro "Sex and The City" está aqui do lado me esperando. Porque é super possível curtir uma solteirisse durante uma sexta à noite. Com cobertor, pijama quentinho e seu pet pra acompanhar.
Vocês concordam?? Beijos e nos vemos logo mais!

terça-feira, 11 de junho de 2019

Mudei, fui embora e me transformei; mas me entenda, 'apesar disso tudo, tô legal!'

Terça-feira, 11 de junho de 2019. Mais de 11 e meia da noite. Comunicólogos por aí me entenderão... os textos mais intensos têm dessas de sair da gente em horas inesperadas, mas que, primeiro, tenham surgido dentro do coração. E é por isso que chego, de mansinho - mas com título impactante, pra te deixar com um sambinha na cabeça, depois de tanto tempo sem escrever por aqui. Vem comigo?

Eu sinto que deveria escrever algo como uma espécie de carta publicamente. Talvez alguém que deva ler, leia de fato e entenda a mensagem (não como indireta, diga-se de passagem). Talvez alguém que precise escrever, se inspire também. Ou, talvez, alguém que tenha que colocar pra fora (como eu) tome coragem pra o fazer. Bem na simplicidade e humildade assim.

Hippie Artesanatos - Foto Divulgação

De dois anos pra cá, eu voltei a estudar. Com aquela paixão novamente. Assim, numa difícil decisão, mudei de carreira e, após mais tempo ainda, consegui um novo emprego - depois de anos vivendo em outra área e alguns bons meses na procura.

Quase que no mesmo período de transição da vida, eu saí de um relacionamento doentio e passei a amar loucamente (no melhor sentido da palavra) a minha própria companhia.

Ainda nestes dias, eu fiquei sozinha muito mais tempo (com exceção da companhia angelical do meu doguinho!) e nunca me senti tão bem acompanhada. Nunca mesmo. E, além de tudo isso, eu fui embora de pessoas.

Sim, gente. Eu fui e estou indo embora. De muitos lugares (físicos e abstratos). E de pessoas. E isso foi uma das coisas mais incríveis que aconteceram na minha vida. Por mais paradoxal que pareça. O que não significa que foram as situações mais fáceis, com toda certeza. Mas, hoje, vejo que foram umas daquelas que mais digeridas foram. E que trouxeram à tona o que tinham aqui dentro, profundamente.

Acho que a gente mora em lugares, mas muitas vezes, moramos em pessoas. Em corações. Em sentimentos, mas também em convenções das coisas. Ou melhor, das pessoas. Porque me convém estar com fulano. Porque convém vivermos juntos. Porque convém. Mas e se não? Será que não existe uma segunda opção?

Como já refleti na terapia tempos atrás, acho que ainda não me tornei a pessoa que escancara pro mundo o motivo das minhas partidas. Mas acho que desenvolvi muito mais o sentido de tomar decisões deste tipo. Tudo porquê a gente passa por um processo de desconstrução para construir. De repartir para colar de volta.

A gente muda. A gente amadurece. A gente se reconstrói. A gente toma novos caminhos. A gente pensa diferente do que antes (ainda bem!). A gente se transforma. A gente se liberta. Mas a gente mantém a nossa essência. Ai vida, você é incrível mesmo!

Toxidades não fazem mais sentido. Incômodos já não ganham mais espaços. Desconfortos perdem a voz. Transparências e princípios tomam o destaque que precisam. A leveza começa a se tornar mais evidente e a certeza da não obrigatoriedade das coisas muito mais ainda.

Então, eu preciso agradecer demasiadamente todas as passagens e as permanências. Elas me tornaram mulher. Elas me tornam humana. Elas me fazem sentir como gente e me lembrar disso o tempo todo. E me ensinaram a como amar e como não amar. Me ensinaram o valor de contar sempre minha verdade. E não esconder, jamais, o que realmente sou.

Para todos que passaram: meu sincero muito obrigada! Com licença, mas já estou de saída.

Para os que ficaram e vão chegar: as belezas das novas chegadas me encantam! Sintam-se em casa, mas, com todo respeito, lembrem-se que não estão. Obrigada. De nada. ❤️