quinta-feira, 9 de julho de 2015

Cultura além do papel

Chegou a hora de apresentar meu lado totalmente apaixonada por livros, leituras e todas as conjugações possíveis do verbo "ler".  Apresento porque se você ainda não me conhece, e por curiosidade, vai e lê lá na bio "apaixonada por livros etc., etc." pode pensar, pô, deve ser aquele clichê de jornalista. Se ela gosta de escrever, TEM que gostar de ler. E então, mentalmente, te respondo: "ter até tenho, mas amigo, estou falando aqui de paixão".

Pensando na origem disso tudo, digo amar livros, coisa e tal, começo a me lembrar dos meus momentos adolescentes na livraria (claro que tô pulando toda aquela parte dos livros clássicos - e necessários, eu sei - da escola).
Recordo-me da Pedra Filosofal do Harry Potter (sugiro ler com a entonação que o prof. Snape sempre falava: "Pottter") em destaque nas prateleiras da livraria e depois, aquela expectativa para assistir os filmes da série no cinema. E assim, eis o ponto: os livros e suas adaptações cinematográficas.

Quando leio, crio meus próprios personagens (aquelas imagens que fazemos pelas descrições do autor), me transporto para o ambiente de cada cena narrada e pronto, a metamorfose cultural acontece. E quem sabe (no meu caso, sei muito bem), o gosto pela leitura também. E aí, como se não bastasse todo este encantamento, os caras transformam tudo isso nas telonas, com suas trilhas inesquecíveis e, claro, os amados atores.

Para citar exemplos é muito simples, você pode listá-los aí com suas preferências, pois certamente se identificou com algum. As minhas mais recentes, faço questão de compartilhar também: a personagem Amy (Garota Exemplar) da Gillian Flinn; Mia e Adam de "Se Eu Ficar" da Gayle Forman ou ainda, as Estrelas e os Papéis do famosíssimo John Green. E ainda muitos outros que aguardam a chegada ao cinema ou, pelo menos, para quem não assistiu ainda como eu: como o filme indicado ao Oscar pela atriz Reese Whiterspoon, “Livre” (Wild, no original) da autora Cheryl Strayed que narra sua história de vida; o romance apaixonante de Jojo Moyes, "Como eu era antes de você" e por aí vai.

E que se inicie a preparação deste bolo. Que acompanha o amor pelos autores atuais também (por que não?). Todos estes “papéis” saíram das capas imagéticas de livros e se transformaram (ou ainda podem) em folders de filmes (esperadíssimos, por sinal) nos cinemas.

Posso afirmar com propriedade, pois passei por isto esta semana ao mergulhar na leitura de John Green nas “Cidades de Papel”. A narração envolvente do personagem principal, Quentin, e o misterioso enredo, me fez correr logo pela leitura, para assim, assistir o longa metragem hoje, em sua estreia no Brasil. Sim, existem críticas, sim existem diferenças na história, mas não, não me arrependo; não, não prefiro um ou outro. Prefiro o gosto por todo este encantamento. Livros. Filmes. Teatros. Ou a arte que você preferir.

Digo isto com entonação, pois uma recente pesquisa feita pela Fecomércio-RJ demonstrou que 70% dos brasileiros entrevistados afirmaram não ter lido nenhum livro no ano de 2014. Resultado preocupante e triste. Então pergunto: 30% cadê vocês? Respondam mais alto, por favor.

Penso que se o verbo "ler" de alguma forma foi construído também pelo verbo "assistir" para você ou para muitos aí, temos, talvez, uma cultura que o brasileiro aprendeu a incorporar em seu dia a dia. Ou ainda pode aprender.


E se esta for uma motivação para você parar na livraria, na biblioteca ou na casa do seu amigo pra pedir um livro emprestado, por que não arriscar? Já vou avisando, se você já se decidiu sua próxima parada (entenda-se como prateleiras e mais prateleiras!), saiba que já aceitei o convite para te acompanhar nessa, viu. Que tal?

6 comentários:

  1. Não existe nada mais mágico do que ler um livro e automaticamente passar a ser o personagem e depois nas telonas ver tudo aquilo ser visivel aos nossos olhos. Muito bom o texto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo com você, Mi! Tudo isso me encanta também!
      Obrigada pela visita aqui! Volte sempre!

      Excluir
  2. Muito bem, a leitura e magnifica e nos fazem rir, chorar, criticar e aprender.
    Ler nos leva a um momento único só seu e nesta hora o torna grandioso.
    Um livro que considero clássico foi o Sonho de uma noite de verão(William Shakespeare) que comecei na escola." dai começa o amor de ler"
    Ótimo texto, aguardo o próximo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mayke, que incrível! Amo como a leitura nos transforma e nos enriquece! Adorei que você compartilhou sua experiência aqui! Obrigada!!! Já já tem mais :) Um beijo!

      Excluir
  3. As histórias tem gosto, cheiro e sentimento. Amei

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso é mágico, não é Fran?
      Obrigada pela visita aqui :)

      Excluir